No último dia 22/01, a Security Report publicou o resultado de uma pesquisa na qual foi revelado que 61% da população brasileira adulta que está conectada à internet foi afetada por incidentes cibernéticos, ou seja, são aproximadamente 62 milhões de brasileiros, totalizando uma perda de US$ 22 bilhões, colocando o Brasil na segunda posição dentre os países que mais perderam com ataques cibernéticos, ficando atrás apenas da China. Além disso, é o país em que mais crianças sofrem com bullying, empatado com a Índia.
Esses números tão alarmantes e estão associados ao fato de que as vítimas possuem um perfil semelhante: são pessoas que gostam de tecnologia e que se cercam de dispositivos eletrônicos, porém ignoram os princípios de segurança da informação. As vítimas tendem a usar uma mesma senha em vários sites e aplicativos, além compartilhar essas senhas com outras pessoas.
Segundo o especialista de segurança Symantec, Nelson Barbosa, “As ações dos consumidores revelaram perigosa desconexão: apesar de um fluxo constante de falhas cibernéticas relatadas pela mídia, muitas pessoas parecem se sentir invencíveis e ignorar a tomada de precauções básicas para se proteger”, ele completa o raciocínio dizendo que “Esta interrupção destaca a necessidade de segurança digital do consumidor e a urgência de das pessoas voltarem ao básico quando se trata de fazer sua parte para prevenir o cibercrime”.
Em relação as senhas
Os números fornecidos pelo o estudo é muito preocupante. Entre os brasileiros entrevistados, 59% compartilha suas senhas, 34% escreve a informação em um pedaço de papel e 24% usa a mesma senha para todas as contas. As senhas mais compartilhadas são as de dispositivos domésticos (38%), seguida de desktops (37%) e laptops (36%).
Entretanto, quando envolve senhas bancárias ou de aplicações financeiras, a postura dos entrevistados muda, 83% dos entrevistados está preocupado com o roubo de seus dados bancários e apenas 18% compartilham a senha online de sua conta bancária com outra pessoa.
Consumidores e seus ideais
Mais de 80% dos brasileiros acreditam que o crime cibernético deveria ser considerado um ato criminoso. Entretanto, algumas opiniões são contraditórias, segundo alguns entrevistados, alguns comportamentos questionáveis são considerados aceitáveis: como ler os e-mails de outra pessoa sem consentimento (25%), compartilhar informações falsas nas redes sociais (19%) e se identificar com identidade falsa (22%).
Fonte: SegInfo