Entenda a importância de um teste de penetração red team e por que ele se destaca das simulações tradicionais de ataques cibernéticos.
Um teste de penetração Red Team é, basicamente, uma simulação realista de invasão cibernética. Nele, sistemas, redes e usuários são atacados propositalmente por um time contratado para isto, para que as vulnerabilidades — se existirem — fiquem evidentes e possam ser tratadas.
Ele se diferencia das testagens convencionais, pois é abrangente: engloba vários métodos de ataque e perícia, que vão desde a investidas contra a rede até ações de engenharia social, passando por aplicativos, infraestrutura de software, entre outras.
Neste artigo, além de entender o que é um teste de penetração Red Team, você vai ver em quais pontos ele se diferencia de outros tipos de exame de segurança da informação.
Acompanhe!
O que é e como funciona um Teste de Penetração Red Team?
Para início de conversa, relembramos que um teste de penetração é um ataque cibernético simulado contra os sistemas, dispositivos e pessoas da rede de computadores da sua empresa.
Basicamente, especialistas em segurança cibernética confiáveis e experientes tentam se infiltrar em uma rede direcionada para encontrar vulnerabilidades. Isso com o objetivo de fornecer insights sobre como fortalecer a segurança antes que um hacker real encontre e explore essas fraquezas.
Dito isso, podemos entrar no conceito de Teste de Penetração Red Team.
“Red Teaming ” é um termo derivado de simulações militares, em que os oficiais pensam antecipadamente nos “e se” para cada ação que planejam. É a ideia de que mesmo que se pense no ataque perfeito, os soldados devem estar sempre preparados para um “plano b”. Em outras palavras, para lidar com o inesperado, é crucial imaginar outros cenários possíveis.
Hoje, no mundo da Tecnologia da Informação, essa tática do Red Team é uma metáfora para descrever uma equipe de hackers éticos que planejam todas as maneiras possíveis de violar os sistemas de uma empresa-alvo e perseguir muitos vetores de invasão.
Basicamente, o Red Team (também conhecido como grupo de hackers éticos) está encenando ataques estratégicos, enquanto o Blue Team (também conhecido como a empresa que está sendo testada) joga na defesa.
Para todos os efeitos, pense na metodologia Red Team como um teste de penetração mais avançado.
Quais são as diferenças entre Red Team e testes de penetração “convencionais”?
Pentest
Também chamado de Pentest, o objetivo de um teste de penetração “comum” é encontrar vulnerabilidades de segurança em potencial específicas, como servidores não corrigidos, por exemplo.
Neste caso, os pentesters (profissionais que fazem a simulação) geralmente apresentam suas descobertas por meio de um relatório onde detalham as lacunas nos controles e os lapsos nas políticas de segurança que podem expor a organização a riscos.
Red Team
Já na abordagem Red Team, mesmo que haja semelhanças com os pentests, geralmente trabalha-se de maneira mais ampla: cobrindo todas as vulnerabilidades da empresa da mesma forma que os cibercriminosos fazem.
O objetivo é encontrar o maior número possível de vulnerabilidades.
Além disso, os profissionais Red Team fazem ações mais dinâmicas — alguns podem classificá-las como “sorrateiras”. Eles podem imitar as técnicas de ataque de um agente mal-intencionado sem nenhum aviso prévio, por exemplo. Em alguns cenários, um pentester fará o mesmo, mas a maioria das equipes de SecOps geralmente está ciente dessa atividade.
Pentest ou Read Team: quando e por quê?
Quando você deve fazer o teste de penetração Red Team e quando recorrer a um Pentest? Não há resposta simples para este questionamento.
Em alguns casos, você pode não ter escolha. Alguns regulamentos exigem um programa de pentesting pelo menos uma vez por ano. Por exemplo, há casos em que para receber uma certificação de cartão de crédito, a empresa deve demonstrar que possui um teste de penetração ativo em suas redes e infraestrutura.
Um exercício de Red Team oferece vários benefícios em relação ao pentesting. É mais realista:
- as equipes estão imitando hackers que estão tentando entrar na rede sem disparar alarmes de detecção;
- os profissionais conhecem a rede e os ativos que são críticos para a organização;
- dependendo da quantidade de tempo estabelecida, eles também conhecerão os controles de segurança e onde eles são colocados;
- e, com esse conhecimento íntimo, precisam tentar evitar a detecção e adotar uma abordagem mais furtiva.
No clima de hoje e com a prevalência de ameaças persistentes avançadas, um red team pode ser a melhor solução, pois fazem ações furtivas por design; evitando concentrar-se nas vulnerabilidades óbvias.
Abordando a questão do custo, as opiniões podem variar sobre o valor da abordagem Red Team versus o Pentest.
Algumas organizações argumentam que Red Teams são inerentemente mais caros devido à necessidade de contratar hackers experientes. No entanto, o Pentest pode ficar tão complexo e com escopo tão profundo que acaba gerando despesas inesperadas.
Dependendo das circunstâncias, um projeto de teste de penetração Red Team limitado (com começo, meio e fim previamente definidos) costuma ser menos custoso e fornecer resultados mais persistentes.
→ Leia também: As novas vulnerabilidades que merecem atenção, segundo os Estados Unidos.
Conclusão
Empresas que entendem a importância de manter seu arcabouço tecnológico, bem como suas informações, seguros, confiáveis e íntegros sabem da importância dos testes de penetração.
Cada vez mais, elas tem recorrido ao teste de penetração Red Team, justamente para lidar com a sofisticação dos ciberataques. Afinal, os crimes realizados por cibercriminosos são coordenados e têm grande abrangência; logo, é preciso que as simulações também sigam essa lógica.
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