A revista norte-americana Wired realizou um exercício de futurologia definindo uma “escala de ameaça” considerando novas tecnologias e situações que possam ocorrer decorrentes da evolução imaginada pelos editores da revista. A escala considera de 1 (você não têm de se preocupar) a 5 (estamos todos ferrados).
A espionagem pelo microfone do celular foi considerada como ameaça nível 5, visto que, segundo a revista, é muito provável que este tipo de prática possa ser realizada não somente por cibercriminosos como também por empresas que podem utilizar essas informações com fins publicitários.
O vazamento de e-mails através de Hackers foi considerado uma ameaça nível 4, sendo que se trata de um ataque, de certa forma, fácil de ser realizado até mesmo utilizando engenharia social simples, como, por exemplo, se passando por um profissional de suporte técnico que pede a senha para o usuário final através de um e-mail bem redigido. A revista cita que pessoas comuns dificilmente sofrem deste tipo de ameaça, visto que o foco em sua maioria são pessoas famosas e/ou que detenham informação sigilosa.
Também foi considerada como nível 4 na escala de ameaça, a duvida quanto à preparação dos países para uma ciberguerra e países que sejam muito dependentes da internet podem estar menos preparados que aqueles que não tenham essa dependência. O livro Guerra Cibernética, traduzido para o idioma português pela Clavis Segurança da Informação, foi citado como fonte sobre o assunto no artigo e trata sobre tecnologia, governo e estratégia militar, sendo o primeiro livro sobre a guerra do futuro (ciberguerra) e contendo um argumento convincente de que já podemos estar perdendo esta. Vale a leitura!
No nível 3 foi considerada a questão quanto à inteligência artificial se virar contra os humanos, situação que segundo a revista pode sim ocorrer, no nível 2 a dúvida quanto a possibilidade de um carro autônomo atropelar pessoas que seria bem menor, pois não haveria o erro humano, atual causador da maioria dos acidentes de trânsito, e, finalmente, no nível 1 foi abordado o questionamento se hackers poderão lançar bombas nucleares. O livro Contagem Regressiva Até Zero Day, também traduzido para o português pela Clavis, é uma outra recomendação de literatura com relação a este último assunto, visto que aborda o lançamento da primeira arma digital do mundo e mostra o desenvolvimento da guerra digital atual, onde as agências de inteligência e militares gastam fortunas para adquirir códigos maliciosos usados em infiltrações e ataques. O livro é um retrato abrangente de um mundo à beira de um novo tipo de guerra. Outra leitura indispensável!