Veja as preocupações com segurança mais comuns para quem faz compras on-line
Com o hábito de comprar online cada vez mais recorrente entre os brasileiros, além das vantagens, os riscos já são percebidos de maneira mais abrangente e com maior clareza.
É o que revela um novo estudo realizado pela Mastercard com a Kantar Consulting. 87% das pessoas da América Latina disseram que estão cientes da ameaça de ataques cibernéticos, segundo os dados.
E não se trata de preocupação hipotética: três em cada quatro consumidores da região — 75% da amostra — relataram que já sofreram ataques cibernéticos. E um em cada cinco — ou 20% — disseram que suas informações pessoais vazaram por meio de uma empresa.
Diante dessa situação de riscos elevados e de preocupação crescente, usuários estão mais precavidos, revela a pesquisa com cerca de mil consumidores bancários de oito países da região: Brasil, Argentina, Chile, Peru, Colômbia, Costa Rica, México e República Dominicana.
O estudo apontou ainda três descobertas relevantes:
1. A proteção de dados pessoais é considerada fundamental
De acordo com a pesquisa, a proteção de dados pessoais é um tema sensível na região. Os consumidores estão cientes do impacto que pode ter uma violação de segurança de suas informações pessoais. Para 92% dos consumidores, a exposição do seu número de seguridade social, do seu número de celular e de resultados de exames médicos causaria o “maior dano”. No Brasil, para 99% da amostra, a privacidade de dados é uma questão muito relevante.
2. Os consumidores estão mais proativos na busca por proteção
Quando questionados sobre “o quão seguro você acha que as empresas mantêm seus dados”, a pontuação média foi 3 em uma escala de 0 a 10, em que 0 representa “não seguro” e 10 representa “muito seguro”. Como resultado dessa percepção, 70% dos entrevistados afirmam ter adotado um identificador biométrico.
3. Os consumidores exigem mais clareza das empresas
Quase todo mundo já experimentou a frustração de tentar decifrar descrições de compra abreviadas ou irreconhecíveis ao verificar seus extratos de compras online com cartão. Na América Latina, 77% dos consumidores têm dificuldade para determinar a que correspondem algumas das transações que aparecem em suas contas digitais.
Segundo a Mastercard, as conclusões do estudo evidenciam um novo estágio necessário para reforçar a segurança de usuários e empresas.
“Não é mais suficiente para os atores individuais investirem em sistemas de segurança cibernética que oferecem proteção apenas para eles próprios”, disse Jorge Arbesú, vice-presidente Sênior de Cyber e Inteligência da Mastercard.
“Cada participante do ecossistema de pagamentos precisa investir nas fundações e proteções corretas que criam um escudo ao redor de toda a cadeia de suprimentos.“