A cultura da segurança digital é o tema mais difícil para ser abordado dentro das organizações brasileiras. É o que mostra pesquisa divulgada pela 4CyberSec, consultoria internacional de cibersegurança, que ouviu 23 CISOs (Chief information security officer) que atuam em importantes empresas brasileiras de médio e grande porte. O foco do estudo é medir o estresse desses profissionais diante da falta de preparo das companhias para as novas tecnologias e os riscos que elas também oferecem.
De acordo com o relatório, a questão cultural das organizações foi colocada em primeiro lugar como um assunto delicado de ser tratado (34%), ficando à frente da consciência dos seus usuários (26%) e dos custos (26%).
Rafael Nareezzi, CTO da 4CyberSec, explica que os dados fortalecem a tese de que a cultura das empresas brasileiras é o primeiro ponto que precisa ser mudado ao que se refere à segurança cibernética.
“Antes de grandes estratégias, planos de ação contra ciberataques ou tecnologias de última geração, as empresas precisam estabelecer um método de trabalho baseado em uma cultura de segurança digital, o que inclui a organização como um todo, desde seus colaboradores, diretores, usuários, sem esquecer de exigir de seus parceiros a mesma postura de maturidade e responsabilidade”, aifmrou Nareezzi.
O estudo mostra também que 60% dos entrevistados disseram que as empresas não seguem as estratégias desenvolvidas pelos especialistas e quase 70% deles acreditam que foram contratados apenas para cumprir uma exigência. Ainda assim, 60% afirmam que essas organizações os penalizariam por não proteger o negócio de ataques cibernéticos.
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