Falar em Cybersecurity nunca é demais, tanto para mega corporações quanto para médios e pequenos negócios. Para se ter uma ideia, ao longo de 2022, houve um aumento de 1.400% em ataques, de acordo com um levantamento global divulgado recentemente pela Aquasec.
Neste artigo, além de entendermos em profundidade a natureza desses cibercrimes, também vamos te ajudar a pensar em como melhorar suas táticas de prevenção.
Continue lendo para ver:
- quais são as ameaças mais latentes em cybersecurity para empresas;
- o que recomendam os especialistas que formataram o relatório da Aquasec;
- como melhorar a cibersegurança da sua companhia;
As ameaças com as quais as empresas mais devem se preocupar
A mudança contínua nas tecnologias também implica uma mudança paralela nas tendências de segurança cibernética, à medida que notícias de violação de dados , ransomware e hacks se tornam as normas.
Talvez a grande novidade a ser considerada seja o uso incisivo da Inteligência Artificial (IA) em violações às defesas de cybersecurity das organizações. Sim, conforme aplicações e equipamentos dotados de aprendizado de máquina e outros recursos de IA se popularizam (o ChatGPT, por exemplo), também os cibercriminosos têm aproveitado para realizar ataques.
Também um velho conhecido de todos nós continua sendo uma das principais portas de entrada para os hackers: o smartphone. Desde 2019, diversos centros de pesquisa têm relatado um crescimento exponencial de crimes virtuais iniciados nestes aparelhos — principalmente ataques financeiros em aplicativos de bancos, como revelou um estudo da Check Point.
Quanto aos tipos de ataques para os quais as organizações devem continuar tendo ações preventivas, os mais frequentes são:
- Phishing. Envio de mensagens falsas para enganar funcionários e obter informações confidenciais, como senhas e dados financeiros.
- Ransomware. Malware que criptografa os sistemas da empresa e exige um resgate para desbloquear o acesso.
- Malware. Software projetado para danificar, controlar ou roubar informações dos sistemas da empresa.
- Engenharia Social. Manipulação psicológica para obter informações confidenciais ou acesso aos sistemas, muitas vezes explorando a confiança dos funcionários.
- Ataques de Força Bruta. Tentativas repetidas de adivinhar senhas até encontrar a correta para acessar sistemas ou contas.
- Negação de Serviço (DDoS). Sobrecarregar os sistemas da empresa com tráfego malicioso para interromper serviços online.
- Injeção SQL. Inserir comandos SQL maliciosos em campos de entrada para acessar ou modificar bancos de dados.
- Ataques de Man-in-the-Middle. Interceptação de comunicações entre dois pontos, permitindo o acesso não autorizado aos dados trocados.
- Ataques de Sniffing. Monitoramento não autorizado do tráfego de rede para capturar informações sensíveis.
- Ataques de Zero-Day. Exploração de vulnerabilidades desconhecidas dos sistemas antes que os desenvolvedores tenham a chance de corrigi-las.
- Backdoors. Criação de acesso não autorizado aos sistemas através de portas secretas deixadas pelos invasores.
- Pharming. Redirecionamento de tráfego de internet legítimo para sites falsos, a fim de roubar informações.
- Spoofing. Falsificação de identidade em e-mails, números de IP ou outros identificadores para enganar os destinatários.
- Clickjacking. Enganar os usuários para clicar em algo diferente do que eles percebem, geralmente levando a ações não intencionais.
- Ataques Insider. Atividades maliciosas realizadas por funcionários ou ex-funcionários com acesso privilegiado.
→ Leia também: Ataques contra segurança digital já cresceram 7% em 2023.
As recomendações dos especialistas em termos de cybersecurity
Lembra que iniciamos o texto falando do estudo da Aquasec? Pois bem, agora vamos detalhá-lo um pouco mais — você vai ver as descobertas e as recomendações dos relatores desta pesquisa.
Evasão e ocultação estão mais em alta do que nunca
- Agentes de ameaças estão investindo pesadamente em recursos para evitar a detecção e estabelecer posições mais fortes nos sistemas comprometidos.
- Ao longo de 2022, houve um aumento de 1.400% em ataques sem arquivo ou baseados em memória em comparação com anos anteriores.
- Uso de técnicas de ocultação, mascaramento e ofuscação para evadir soluções de defesa está se sofisticando.
É fundamental investir em segurança em tempo de execução
- Ataques estão se concentrando em evadir soluções de segurança sem agentes.
- O malware sofisticado “HeadCrab” baseado em Redis comprometeu mais de 1.200 servidores ao longo de 2022.
- Varredura baseada em agente é crucial para detectar ataques evasivos em ambientes de tempo de execução na nuvem.
Há um aumento dos riscos na cadeia de suprimentos de software
- Há cada vez mais áreas na cadeia de suprimentos de software em nuvem que podem ser comprometidas.
- Configurações incorretas na cadeia de suprimentos estão abrindo brechas para ameaças críticas.
- Pequenos erros de configuração representam ameaças significativas para organizações de todos os tamanhos.
É preciso concentrar os esforços de cybersecurity na proteção das cargas de trabalho em ambientes de nuvem
- Ferramentas que entendem e interpretam ataques em ambientes de tempo de execução na nuvem são mais essenciais do que nunca.
- Garantir a segurança e integridade de dados e aplicativos de negócios requer proteção adequada das cargas de trabalho.
→ Leia também: Cybersecurity: conheça mais sobre a natureza dos incidentes virtuais.
Um passo a passo para proteger as informações e os sistemas da sua companhia
Considerando isso tudo, confira, a seguir, um passo a passo básico para estruturar acoes preventivas de cybersecurity em sua empresa.
1. Avalie a postura de risco do negócio e fortaleça as defesas
Realize uma análise abrangente de vulnerabilidades e configurações incorretas em seus sistemas e aplicativos na nuvem.
A partir disso, implemente soluções de segurança em tempo de execução que usem varredura baseada em agente para identificar e combater ataques evasivos.
2. Monitore e detecte ameaças proativamente
Estabeleça sistemas de monitoramento contínuo para identificar atividades suspeitas e potenciais ameaças em tempo real.
Isso também implica garantir práticas seguras ao longo da cadeia de suprimentos de software, validando e verificando a origem e integridade dos componentes. Seja o desenvolvimento realizado internamente ou contratado de terceiros.
3. Treine e conscientize os usuários
Eduque seus funcionários sobre boas práticas de cybersecurity para evitar ações não intencionais que possam comprometer a segurança.
Além disso, adote o princípio do menor privilégio: limite as permissões de acesso aos sistemas e dados somente ao que é necessário para cada função. Isso ajuda a reduzir a superfície de ataque.
4. Atualize patches regularmente e implemente a segurança multifatorial
Mantenha seus sistemas e aplicativos atualizados com as últimas correções de segurança para mitigar vulnerabilidades conhecidas.
Paralelamente, implemente autenticação de dois ou mais fatores para reforçar o controle de acesso e proteger as contas de usuários.
5. Tenha um plano de resposta a incidentes
Desenvolva um plano detalhado para lidar com possíveis violações de segurança, minimizando o impacto e o tempo de inatividade.
6. Faça testes de penetração periodicamente
Realize testes de penetração frequentes para identificar fraquezas e pontos fracos, permitindo correções proativas.
7. Conte com ajuda especializada
Colabore com empresas especializadas em cybersecurity confiáveis para obter insights, consultoria e soluções especializadas.
Isso, além de garantir o suporte técnico necessário, também vai te ajudar a manter-se em constante atualização quanto às tendências e evoluções das ameaças cibernéticas.
Em resumo
Na atual conjuntura, fortalecer os mecanismos e as práticas de cybersecurity requer medidas abrangentes.
Para isso, deve-se começar avaliando riscos e fortalecendo defesas através de análises de vulnerabilidades e segurança em tempo de execução. Ao mesmo tempo, monitorar ameaças proativamente, incluindo cadeia de suprimentos, e educar os usuários, adotando o princípio do menor privilégio.
Os sistemas precisam estar sempre atualizados e parametrizados com autenticação multifatorial — o que não dispensa um bom plano de resposta a incidentes. Além disso, é importante realizar testes de penetração e contar com apoio especializado em cybersecurity — se precisar de ajuda, não hesite em fazer contato conosco!