Para falarmos de fraude no cartão de crédito, precisamos começar pontuando que esse meio de pagamento é um dos mais utilizados no Brasil. Mensalmente, são cerca de 110 milhões de transações em todo o território nacional, segundo a Abecs.
Ao mesmo tempo, o comércio eletrônico também está em forte ascensão. O que faz com que a gestão de fraude em e-commerce comece a ser um tema importante para toda a cadeia produtiva envolvida — dos lojistas às companhias adquirentes, entre outros players.
Vamos nos aprofundar neste tema? Continue lendo para ver:
- por que as empresas brasileiras, em modalidade online ou física, devem estar atentas às fraudes no cartão;
- quais são os tipos de golpes mais comuns no país;
- como a gestão de fraudes em e-commerce ajuda a lidar com o problema;
- e muito mais!
Por que as empresas brasileiras devem estar atentas às fraudes no cartão?
Seja no comércio eletrônico ou físico, os lojistas devem estar sempre atentos às fraudes no cartão. Isso porque o Brasil é um dos países campeões em contraversões envolvendo esse tipo de transação de pagamento, segundo dados Cybersource.
Além disso, é preciso se atentar para as tendências globais: até 2025, os comerciantes de todo o mundo podem perder cerca 206 bilhões de dólares em fraudes, especialmente durante o pagamento online, segundo estudo da Juniper Research.
O tipos de fraude de pagamento mais comuns
Veja, a seguir, os seis tipos de fraude de pagamento mais usados, seja no comércio online ou físico.
- Fraude clássica. Fraudadores compram informações de cartão de crédito na dark web e utilizam agentes de fretes e proxies de internet para evitar identificação. É um dos tipos de fraudes mais difíceis de serem evitados no e-commerce.
- Interceptação. Os golpistas utilizam cartões de crédito roubados para comprar em lojas online e interceptam o pacote antes de ele ser entregue. Empresas devem ter um sistema de rastreamento de encomendas para evitar esse tipo de fraude.
- Fraude de teste de cartão. Os criminosos testam a validade de um número de cartão de crédito em sites que revelam uma resposta diferente para cada tipo de declínio. É realizado por bots e os dados dos pedidos costumam ser idênticos.
- Roubo de identidade. Os golpistas assumem a identidade de outra pessoa, criam cartões de crédito em nome da vítima e realizam compras. Empresas podem tomar medidas para mitigar a situação, como estabelecer políticas de privacidade mais rigorosas com autenticação.
- Reversão de compra. Consumidores realizam uma compra com cartão de crédito e solicitam estorno da transação, alegando ter sido vítima de fraude. Isso muitas vezes acontece após a entrega dos produtos, resultando em prejuízo financeiro para o vendedor.
- Engenharia Social no Pix. Criminosos usam táticas de engenharia social para se aproveitar do desconhecimento das pessoas em relação ao Pix e obter acesso aos dados pessoais e bancários dos usuários.
Os tipos de fraude no cartão mais comuns no e-commerce
Confira agora quais são as mais frequentes fraudes de cartão de crédito, especificamente.
- Chargeback. É o termo usado quando um titular de cartão de crédito contesta uma transação em sua conta, alegando que não a realizou ou que o cartão foi roubado. Se a operadora de cartão de crédito concordar com a contestação, o valor da transação é reembolsado, mas o comerciante é cobrado uma taxa adicional.
- Troca de máquina. Nessa fraude, a máquina usada para operações com senha é alterada para desviar os valores recebidos para a conta dos golpistas.
- Clonagem. Bastante comum no Brasil, seja através do uso de skimmers para roubar dados de clientes em leitoras de cartões, seja através de roubo de dados em ambientes virtuais.
- Chamadas de roubo de dados. São uma forma de fraude em que os criminosos entram em contato com as vítimas, se passando por empresas ou bancos, para obter informações sensíveis, como números de cartão de crédito e códigos de segurança.
- Geração automatizada de números de cartão. Os golpistas usam ferramentas tecnológicas para produzir diversas combinações numéricas até encontrar uma numeração que corresponda a um cartão de crédito real, permitindo a realização de compras fraudulentas.
→ Leia também: 4 estratégias em cybersecurity para combater fraudes em e-commerce.
Como a gestão de fraude em e-commerce ajuda a prevenir prejuízos?
A gestão de fraude em e-commerce é um processo essencial para evitar prejuízos financeiros e proteger a reputação das empresas. Além de garantir a segurança dos clientes, ela também é importante para evitar que os negócios incorram em possíveis infrações legais.
Basicamente, ela envolve a implementação de políticas de segurança rigorosas, treinamento dos colaboradores e adoção de tecnologias avançadas, como algoritmos de Inteligência Artificial, entre outras soluções.
Em suma, ao adotar práticas efetivas de gestão de fraude em e-commerce, as empresas podem prevenir transações fraudulentas, reduzir as taxas de chargeback e, ao mesmo tempo, melhorar a experiência do consumidor. Isso porque, ao proteger as informações e garantir a privacidade das transações, os clientes se sentem mais confiantes — o que é essencial para a fidelização no competitivo mercado digital.
→ Leia também: O que é e como funciona a gestão de fraude em e-commerce?
Dicas de gestão de fraude em e-commerce
Faça verificação de identidade no e-commerce
Uma das maneiras mais eficazes de evitar fraudes em e-commerce é realizar a verificação de identidade do cliente. Ao fazer isso, o comércio eletrônico pode garantir que o titular do cartão é realmente seu dono.
Essa verificação pode ser feita por meio de vários métodos, como solicitar um código de verificação de segurança (CVV) ou um endereço de cobrança válido. Alguns lojistas também podem exigir uma foto do documento de identidade ou uma selfie do cliente para confirmar sua identidade.
Uso de ferramentas antifraude
Existem várias ferramentas antifraude disponíveis. Elas usam uma combinação de análise de dados e Inteligência Artificial para detectar padrões suspeitos de atividade e comportamento.
Algumas das ferramentas antifraude mais comuns incluem:
- Sistema de detecção de fraude baseado em regras. Ele usa uma série de regras definidas pelo comerciante para identificar transações suspeitas. Por exemplo, se uma compra for feita com um endereço de cobrança diferente do endereço de entrega, o sistema pode sinalizar essa transação como suspeita.
- Verificação de geolocalização. Nesta abordagem, detecta-se, de maneira automatizada, a localização do dispositivo do cliente e compara-se com o local de entrega. Se o endereço de cobrança estiver em um país diferente do endereço de entrega e o endereço IP do dispositivo estiver em um terceiro país, isso pode indicar uma fraude.
- Análise comportamental do cliente. Essa ferramenta usa a análise de dados para entender o comportamento do cliente. Se uma transação estiver fora do padrão de compras anteriores do cliente, isso pode indicar uma fraude.
Treine a equipe
Os funcionários de um e-commerce também precisam estar treinados para identificar e prevenir fraudes. Isso inclui treinamento sobre como detectar transações suspeitas e como lidar com clientes que podem estar tentando cometer fraudes.
Monitore continuamente
O monitoramento constante das transações é fundamental para prevenir fraudes em e-commerce. Basicamente, os comércios eletrônicos devem estabelecer um sistema de monitoramento em tempo real para detectar transações suspeitas e agir imediatamente.
Resumindo
O uso de cartões de crédito no Brasil é uma das formas mais populares de pagamento, com uma média de 110 milhões de transações mensais. No entanto, a fraude no cartão de crédito é uma preocupação crescente, especialmente no comércio eletrônico.
Por isso, é importante que empresas, independentemente do seu ramo de atuação, estejam atentas a essas questões e saibam os tipos de fraudes mais comuns para poder combatê-las.
As seis fraudes de pagamento mais comuns incluem: a fraude clássica, interceptação, fraude de teste de cartão, roubo de identidade, reversão de compra e engenharia social no Pix. No comércio eletrônico, especificamente, os tipos de fraude mais frequentes são chargeback, troca de máquina, clonagem, chamadas de roubo de dados e geração automatizada de números de cartão.
Qual a maneira mais estratégica de lidar com isso? Fazendo gestão de fraude em e-commerce — que evita prejuízos financeiros e mantém a reputação corporativa. Ou seja, é preciso investir em tecnologias de prevenção de fraude, estabelecer políticas de privacidade rigorosas e treinar os funcionários para detectar e relatar possíveis fraudes no cartão — ou de outros tipos.
Você precisa melhorar sua gestão de fraude no e-commerce? Faça contato agora mesmo conosco e veja como podemos ajudar!