Aplicações open source estão em destaque, pois democratizam o desenvolvimento tecnológico e favorecem a inovação. Tanto é que só em 2020 elas tiveram um aumento de demanda de 20% em nível global, segundo a Sonatype.
Contudo, esse movimento também requer alguns cuidados relacionados à segurança da informação. Afinal, estamos falando de soluções tecnológicas com componentes de terceiros, que podem conter pontos de fragilidade que cibercriminosos podem aproveitar.
Neste artigo, vamos lhe ajudar a refletir sobre isso. Você vai entender por que é importante investir em análise de compliance e vulnerabilidade nas aplicações de código aberto.
Acompanhe!
O que é open source?
Comecemos por relembrar rapidamente o conceito de open source. Ele nos remete ao software que é distribuído com seu código-fonte, tornando-o disponível para uso, modificação e distribuição com seus direitos originais.
O código-fonte é a parte do software que a maioria dos usuários de computador nunca vê; é o código que os programadores de computador manipulam para controlar como um programa ou aplicativo se comporta.
Em um projeto open source, os programadores que têm acesso ao código-fonte podem alterar um programa adicionando, alterando ou consertando partes dele que não estão funcionando corretamente.
Isso normalmente inclui uma licença que permite aos programadores modificar a aplicação para melhor atender às suas necessidades de desenvolvimento.
Ou, como resume a Gartner: o conceito de open source “descreve a aplicação que vem com permissão para usar, copiar e distribuir, no estado em que se encontra ou com modificações, e que pode ser oferecido gratuitamente ou mediante pagamento”.
→ Conheça as boas práticas de segurança no desenvolvimento com Open Source!
A popularidade das aplicações open source tem seus desafios
O uso de aplicações open source mudou muito o gerenciamento de ativos tecnológicos, especialmente nos últimos dez anos. Os desenvolvedores agora usam plataformas de código aberto e componentes de terceiros, rotinas de programação que já foram aperfeiçoadas por outra pessoa, para que possam se concentrar nas coisas difíceis que exigem suas habilidades inovadoras.
Na verdade, estima-se que os componentes open source sejam usados em até 50% do código em todos os softwares, desde aplicativos de desktop, SaaS até sistemas que alimentam dispositivos da Internet das Coisas (IoT).
Como as vulnerabilidades das aplicações são o vetor de ataque mais popular para hackers, essa nova cultura acende um alerta: há agora mais fontes específicas de risco que podem tornar a segurança de dados das empresas mais complexa.
Alguns especialistas atribuem essa nova realidade ao fato de a grande maioria das organizações carecerem de processos sólidos e automação para rastrear e gerenciar componentes de terceiros em suas aplicações.
Por outro lado, há também a questão do Compliance — em poucas palavras, a conformidade com as boas práticas do mercado e também com legislações como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
→ Leia também: Quais são os principais riscos no uso de Open Source?
Investir em análises de compliance e vulnerabilidade das aplicações open source é uma escolha inteligente
Ao menos 29% dos projetos de desenvolvimento dentro da abordagem open source contém vulnerabilidades, de acordo com o levantamento global da Sonatype. O relatório da consultoria aponta que “em 2021, o mundo testemunhou um aumento exponencial [650%] nos ataques à cadeia de suprimentos de software com o objetivo de explorar os pontos fracos dos ecossistemas open source”.
Por isso, além das iniciativas tradicionais de proteção de dados é recomendável investir em análises de compliance e vulnerabilidade.
Ou seja, é preciso contar com serviços especializados para definir, identificar, classificar e priorizar vulnerabilidades nas aplicações open source. Dessa forma, o reconhecimento dos riscos se torna mais eficaz e sobre eles é possível agir em tempo hábil – inclusive adequando as aplicações à conformidade necessária para manter o nível de segurança da empresa e cumprir com as normativas legais (compliance).
→ Entenda em profundidade o que é análise de vulnerabilidade!
Resumindo…
As empresas que fazem uso dos benefícios das aplicações open source precisam se comprometer com a segurança dos usuários ao mesmo tempo em que protegem seus próprios dados.
Elas devem investir em análises de compliance e vulnerabilidade de seus sistemas open source. Dessa forma, aumentam a proteção de dados e também garantem alta performance das soluções com a certeza de que tudo está sob controle.
→ Confira a gravação do nosso webinar sobre riscos de compliance e vulnerabilidades em aplicações open source:
O que você achou da reflexão que trouxemos neste artigo? Entre em contato com o time da Nova8 Cybersecurity agora mesmo e confira como te ajudar a fazer análise de compliance e vulnerabilidade das aplicações open source da sua empresa!