Entenda a importância de inserir a segurança cibernética em todas as fases do SDLC.
Um ciclo de vida de desenvolvimento de sistemas (SDLC) é essencialmente um modelo de gerenciamento de projeto. Ele define diferentes etapas que são percorridas desde a ideia inicial até a implantação e posterior manutenção.
Você sabia que incorporar a segurança cibernética em todas as etapas do SDLC pode reduzir custos em até seis vezes? É o que afirma um estudo do Systems Sciences Institute da IBM.
Neste artigo, além de entender o que são e como funcionam esses estágios do SDLC, você vai ver como incorporar a segurança cibernética nelas para garantir a criação de aplicações livre de vulnerabilidades.
Acompanhe!
As 7 etapas do ciclo de vida de desenvolvimento de sistemas (SDLC)
Existem sete estágios principais do ciclo de vida de desenvolvimento de sistemas modernos. Confira, a seguir, um detalhamento de cada um deles!
1. Planejamento
O planejamento (também chamado de estágio de viabilidade) é exatamente o que parece: a fase em que os desenvolvedores vão planejar o projeto. Ele ajuda a definir o problema e o escopo, bem como determinar os objetivos.
Ao desenvolver um esboço eficaz para o ciclo de desenvolvimento, eles teoricamente vão detectar problemas antes que eles afetem o desenvolvimento. Além disso, podem garantir o financiamento e os recursos necessários para que seu plano aconteça.
Outro ponto importante: o estágio de planejamento define o cronograma do projeto, que é fundamental se o desenvolvimento for para um produto comercial que deve ser enviado ao mercado em um determinado momento.
2. Análise
A fase de análise do SDLC inclui reunir todos os detalhes específicos necessários para um novo sistema, bem como determinar as primeiras ideias para protótipos.
Nela, os desenvolvedores podem:
- definir quaisquer requisitos de sistema de protótipo;
- avaliar alternativas aos protótipos existentes;
- realizar pesquisas e análises para determinar as necessidades dos usuários finais.
Além disso, os profissionais de desenvolvimento geralmente criam uma especificação de requisitos de software ou um documento SRS. Isso inclui todas as especificações de software, hardware e requisitos de rede para o sistema que eles planejam construir. Dessa forma, conseguem, entre outras coisas, um maior controle de custos.
3. Projeto
O projeto é um precursor necessário para o estágio principal de desenvolvimento. Nesta etapa, os desenvolvedores primeiro descreverão os detalhes do aplicativo geral, juntamente com aspectos específicos, como:
- interfaces do usuário;
- interfaces do sistema;
- requisitos de rede e rede;
- bancos de dados etc.
Eles normalmente transformam o documento que criaram em uma estrutura mais lógica que pode ser implementada posteriormente em uma linguagem de programação.
Além disso, planos de operação, treinamento e manutenção serão elaborados para que os profissionais saibam o que precisam fazer em cada estágio do ciclo em andamento.
Depois de concluído, os gerentes de desenvolvimento vão preparar um documento de design para ser referenciado nas próximas fases do SDLC.
4. Desenvolvimento
O desenvolvimento é a etapa em que os desenvolvedores realmente escrevem o código e constroem o aplicativo de acordo com os documentos de design anteriores e as especificações descritas.
Em teoria, todo o planejamento prévio e delineado deve tornar a fase de desenvolvimento real relativamente simples.
Logo, os profissionais seguirão todas as diretrizes de codificação definidas pela organização e utilizarão ferramentas diferentes, como compiladores, depuradores e interpretadores.
As linguagens de programação podem incluir grampos como C++, PHP e muito mais. Os desenvolvedores escolherão o código de programação correto para usar com base nas especificações e requisitos do projeto.
5. Teste
Construir a aplicação não é o fim. Agora ela deve ser testada para garantir que não haja bugs e que a experiência do usuário não seja afetada negativamente em nenhum momento.
Durante a etapa de teste, os desenvolvedores revisarão seu software com um pente fino, observando quaisquer bugs ou defeitos que precisem ser rastreados, corrigidos e posteriormente testados novamente.
Nesta etapa, é importante que o sistema como um todo acabe atendendo aos padrões de qualidade que foram previamente definidos lá no planejamento.
Dependendo da habilidade dos desenvolvedores, da complexidade do software e dos requisitos para o usuário final, o teste pode ser uma fase extremamente curta ou levar muito tempo.
→ Leia também: O que é e por que é tão importante o desenvolvimento seguro?
6. Implementação
Após o teste, o design geral do software será desenvolvido. Diferentes módulos ou designs serão integrados ao código-fonte primário por meio de esforços do desenvolvedor, geralmente aproveitando ambientes de treinamento para detectar mais erros ou defeitos.
O sistema será integrado ao seu ambiente e eventualmente instalado. Passada essa etapa, o software está teoricamente pronto para o mercado e pode ser fornecido a qualquer usuário final.
7. Manutenção
O SDLC não termina quando o software chega ao mercado. Agora é preciso passar para um modo de manutenção e começar a praticar todas as atividades necessárias para lidar com os problemas relatados pelos usuários finais.
Além disso, os desenvolvedores são responsáveis por implementar quaisquer alterações que o software possa precisar após a implantação.
Isso pode incluir o tratamento de bugs residuais que não puderam ser corrigidos antes do lançamento ou a resolução de novos problemas que surgem devido a relatórios de usuários.
Sistemas maiores podem exigir estágios de manutenção mais longos em comparação com sistemas menores.
A importância da segurança cibernética em todas as etapas do SDLC
No passado, os times de desenvolvimento geralmente realizavam atividades relacionadas à segurança apenas como parte do teste — no final do SDLC.
Como resultado, eles não encontravam todos os bugs, falhas e outras vulnerabilidades com antecedência, o que tornava tudo muito mais caro e demorado o processo de correção.
Conforme já adiantamos, essa forma de trabalhar chegava a gerar custos seis vezes maiores nos projetos de desenvolvimento, e além disso, de acordo com a IBM, o custo para corrigir os bugs encontrados durante a fase de teste pode ser quinze vezes maior do que quando são encontrados ao longo do projeto.
Portanto, é melhor, para não mencionar mais rápido e mais barato, integrar os testes de segurança em todo o SDLC, não apenas no final, para ajudar a descobrir e reduzir as vulnerabilidades antecipadamente.
Agora, quais são as atividades de garantia de segurança indicadas? Elas incluem análise de arquitetura durante o projeto, revisão de código durante a codificação e compilação, e testes antes do lançamento.
E estas são algumas das principais vantagens de uma abordagem na qual a segurança cibernética é incorporada durante todas as etapas do SDLC :
- o sistema fica mais seguro, pois a segurança é uma preocupação constante;
- todas as partes interessadas estão cientes das considerações de segurança cibernética;
- as falhas de projeto são detectadas cedo, antes que elas sejam codificadas;
- os custos são reduzidos, graças à detecção precoce e resolução de defeitos;
- riscos comerciais gerais para a organização também são mitigados significativamente, evitando ranhuras na reputação e decorrentes prejuízos financeiros.
→ Leia também: Dicas para tratar problemas de segurança dentro do SDLC.
Resumindo
Os ciclos de vida de desenvolvimento de sistemas (SDLC) são normalmente usados no desenvolvimento de projetos de TI.
Os gerentes de desenvolvimento de software utilizam SDLCs para delinear vários estágios de desenvolvimento, garantir que todos concluam suas tarefas no prazo e na ordem correta e que o projeto seja entregue o mais rápido e livre de erros possível.
Os SDLCs também podem ser usados mais especificamente por analistas de sistemas à medida que desenvolvem e posteriormente implementam um novo sistema de informação.
E, conforme você viu ao longo deste artigo, a preocupação e as ações relacionadas à segurança cibernética devem ser incorporadas em todas as etapas do SDLC. Tanto para reduzir custos quanto para garantir que a empresa irá entregar ao mercado, e aos usuários, uma aplicação 100% livre de vulnerabilidades.
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