A Inteligência Artificial (IA) tem se tornado uma força transformadora em diversas esferas da sociedade moderna. E ela precisa ser considerada nas estratégias de cybersecurity, justamente por conta desse protagonismo em ascensão.
Seus impactos vão desde as redes sociais até a automação de tarefas industriais e domésticas — gerando benefícios e também muitos desafios. No Brasil, por exemplo, os gastos com IA cresceram 120% em comparação com o ano anterior, com 41% das empresas implementando ativamente essa tecnologia, segundo pesquisas do Itaú Unibanco.
Vamos refletir sobre isso?
Continue lendo para ver:
- quais são os desafios éticos e de segurança produzidos pela Inteligência Artificial;
- por que a regulação das aplicações e aplicabilidades da IA é importante;
- e muito mais!
Quais desafios éticos e de cybersecurity surgem com a ascensão da Inteligência Artificial?
Apesar dos benefícios, a Inteligência Artificial gera desafios significativos, como questões éticas, transparência e até preconceito algorítmico.
Um aspecto crítico é a segurança cibernética. Isso porque, ao mesmo tempo que oferece conveniências, a IA é explorada por cibercriminosos para aprimorar ataques na internet.
Há, inclusive, alertas do FBI e da Europol neste sentido: enfatizando a ameaça crescente de vazamento de propriedade intelectual e ataques de “spear phishing” usando tecnologias como o ChatGPT.
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Qual a importância da regulamentação da Inteligência Artificial?
Neste movimento, a regulamentação da IA é essencial. Especialmente para estabelecer padrões de interoperabilidade, usos aceitáveis e ética.
Dessa forma, alinha-se a adoção de ferramentas e serviços de IA com os valores e interesses nacionais, mitigando riscos como invasão de privacidade e práticas monopolistas.
Na prática, o que se busca é que a legislação incentive a pesquisa e promova uma competição justa, resultando em uma IA mais ética, eficiente e transparente.
Andamento da regulamentação no Brasil
No Brasil, projetos de lei como o 21/2020 e o 2338/2023 estão em tramitação, visando regular o desenvolvimento e uso da Inteligência Artificial. Estes projetos enfatizam princípios como respeito à dignidade humana, transparência nos algoritmos e proteção de dados pessoais.
Contudo, a complexidade da tecnologia e a falta de conhecimento técnico entre os reguladores podem resultar em lacunas nas regulamentações. O que faz com que os gestores empresariais se movimentem proativamente para incrementar suas estratégias de cybersecurity tendo a IA em perspectiva.
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A necessidade de equilíbrio entre proteção e inovação
O desafio central na regulamentação da IA é equilibrar a proteção pública com o fomento à inovação.
Regras excessivamente estritas podem inibir inovações, enquanto a ausência de normas pode levar ao desenvolvimento de tecnologias que ignoram ética, privacidade e direitos dos indivíduos.
Logo, é crucial que órgãos reguladores e a indústria construam um arcabouço legal que alie inovação responsável à proteção dos direitos dos cidadãos.
Os impactos da regulamentação da IA na Cybersecurity
A regulamentação da IA tem um impacto direto na cybersecurity.
Ao estabelecer padrões e diretrizes claras, ela pode ajudar a prevenir o uso mal-intencionado da IA em ciberataques.
Paralelamente, normas rigorosas em relação à transparência e ética nos algoritmos podem reduzir o risco de ataques sofisticados, como os de phishing, que utilizam Inteligência Artificial para enganar usuários.
Desafios globais e cooperação internacional
Também é preciso ter em mente que o desafio da regulamentação da IA não é exclusivo de um país.
Brasil, Canadá e diversos países da Europa estão elaborando legislações para reduzir os riscos de emprego inadequado de programas e aplicativos de IA. Isso porque uma cooperação internacional é necessária para estabelecer padrões globais, garantindo que as ferramentas sejam desenvolvidas e utilizadas de maneira segura e ética em todo o mundo.
Enquanto isso, como adequar a cybersecurity da sua empresa com a Inteligência Artificial em foco
Aqui está um passo a passo para adequar sua estratégia de cybersecurity para este novo momento, de ascensão da Inteligência Artificial:
- Conscientização. Eduque todos os funcionários sobre os benefícios e riscos da IA, promovendo treinamentos e workshops sobre ética, vulnerabilidades cibernéticas e desafios de privacidade.
- Inventário de aplicações. Realize um mapeamento detalhado das aplicações de IA em uso na empresa para identificar vulnerabilidades e integrar medidas de segurança.
- Evitar proibição total. Não proíba completamente o uso de IA; isso pode levar a soluções não autorizadas. Incentive a comunicação aberta e o uso responsável da IA.
- Regras claras para uso. Estabeleça políticas específicas para o uso de soluções de IA, incluindo acesso, compartilhamento de dados e manutenção da integridade dos modelos.
- Critérios rigorosos para fornecedores. Ao adotar soluções de IA, escolha fornecedores com práticas robustas de cybersecurity e realize auditorias para garantir a segurança digital.
- Ajuda especializada. Conte com a colaboração de fornecedores de produtos e serviços de cybersecurity, para preparar uma infraestrutura à altura; e evitar que incidentes sejam surpresas desagradáveis (financeiramente, mas também no que diz respeito à reputação corporativa).
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Em resumo
A regulamentação da IA, tanto em nível nacional quanto internacional, desempenha um papel vital na formação de um futuro onde a tecnologia é usada de forma responsável e segura. Ela requer colaboração entre governos, indústrias e comunidades internacionais para estabelecer padrões que garantam o uso ético e seguro das ferramentas e serviços.
Enquanto isso, as empresas devem se adaptar proativamente, integrando a IA em suas estratégias de cybersecurity; para proteger seus ativos digitais, mas também para promover um ambiente de inovação responsável e ético.
O que você achou da reflexão que trouxemos aqui sobre os impactos da regulamentação das IAs e seus impactos na cybersecurity?
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