Veja quais as tendências que ditarão a privacidade de dados em 2022 e como se preparar!
Depois dos anos iniciais da internet com internautas navegando despreocupadamente na web e usando sites e aplicativos sem grandes cuidados, a privacidade de dados se tornou uma discussão séria nos últimos anos.
Consumidores passaram a receber um alerta dos seus aplicativos e sites favoritos, pedindo que concordassem com cookies ou que divulgassem suas preferências de privacidade – um lembrete de que as empresas rastreiam seus comportamentos online.
Mas não foram apenas os consumidores que foram forçados a pensar na privacidade dos dados. Muitas empresas tiveram que reconsiderar (ou considerar pela primeira vez) suas práticas de privacidade de dados. Algumas até tiveram que pagar devido a suas práticas — como o acordo de US$ 92 milhões do TikTok de uma ação coletiva movida por usuários alegando uso indevido de dados.
Em suma, a privacidade de dados tornou-se um tema de preocupação para consumidores e empresas. Então, o que 2022 reserva? Abaixo, vamos explorar algumas das tendências para a privacidade dos dados neste ano.
Os consumidores se tornarão cada vez mais conscientes dos seus direitos
À medida que os consumidores se tornam mais informados sobre seus direitos de privacidade de dados, mais se interessam em saber exatamente que tipos de informações as empresas mantêm sobre eles e como seus dados são tratados. Apenas no primeiro ano da CCPA da Califórnia, nos EUA, as empresas B2C receberam aproximadamente 137 solicitações de acesso de titulares de dados por milhão de identidades.
Hoje, os brasileiros possuem o mesmo direito garantido pela Lei Geral de Proteção dos dados, e mais países no mundo estão tentando impulsionar a legislação de privacidade. Isso se traduzirá em um aumento exponencial no futuro, à medida que os consumidores aprendem sobre privacidade de dados e buscam de forma proativa ferramentas de proteção.
À medida que os consumidores entendem as práticas de privacidade das empresas com as quais interagem, eles podem optar por abandonar determinados aplicativos. Já vimos isso quando o WhatsApp mudou sua política de privacidade de maneira que deixou os usuários desconfortáveis. Eles mudaram para o Signal, que era muito mais transparente sobre suas práticas de privacidade de dados.
O número de aplicativos acenderá um alerta nas empresas
As empresas têm, em média, 288 aplicativos SaaS diferentes em uso em seus negócios. Esse tipo de investimento e interdependência de aplicativos torna gerenciar a segurança dos dados muito complexa, quanto mais mudar fundamentalmente suas práticas de privacidade de dados.
Com milhões de consumidores optando por não serem rastreados, corretores de dados terceirizados estão preenchendo o vazio de dados com práticas de impressão digital. Os métodos de impressão digital identificam características suficientes do dispositivo de um consumidor para que um perfil possa ser gerado e usado para segmentação de anúncios.
Ocasionalmente, esses perfis são ainda mais completos do que poderiam ser criados a partir de clientes que concordaram em compartilhar seus dados com aplicativos e serviços. Curiosamente, a impressão digital digital é praticamente invisível, altamente eficaz e os consumidores não têm como impedi-la.
Espera-se que essas práticas se tornem muito mais prevalentes em 2022, à medida que a impressão digital digital se tornar ainda mais sofisticada — ou, em outras palavras, as empresas podem decidir se farão o certo pelas preferências de privacidade de dados dos consumidores. As soluções alternativas são inevitáveis.
Bases de dados de terceiros e a privacidade dos dados
Empresas especializadas, que fornecem dados específicos conforme necessidades empresariais, mas seguindo direcionamentos de quem disponibilizou seus dados, é uma nova forma de lidar com o desafio da gestão da privacidade. Estes dados de terceiros estão surgindo como uma possível solução que mantém os consumidores satisfeitos, as empresas satisfeitas e os reguladores à distância. ‘Zero-party data’ é o nome da prática em que as empresas fazem perguntas aos clientes para poder fornecer uma experiência única e altamente personalizada, caso eles assim o queiram.
Pense nas perguntas que um vendedor pode fazer se você estivesse fazendo compras pessoalmente ou talvez trabalhando com um estilista. Considere os dados que você fornece a empresas como Netflix ou Amazon para obter melhores recomendações sobre o que assistir ou comprar. Os consumidores, voluntária e intencionalmente, oferecem até os detalhes mais minuciosos para ter a melhor experiência possível.
Com dados de terceiros, as informações pessoais são selecionadas diretamente pelo site ou aplicativo com o qual uma pessoa está interagindo – e permanecem lá, pelo menos até serem “anônimas” ou o consumidor concordar com sua venda.
O processo é mais transparente e entrega algo positivo e desejado aos clientes. No entanto, a empresa ainda obtém as informações que deseja para construir relacionamentos, atender melhor os clientes e vender mais produtos.
Se apenas uma dessas previsões se tornar realidade no próximo ano, a privacidade dos dados estará em um lugar muito diferente do que é hoje. Os consumidores terão um controle muito maior sobre o que as empresas podem saber e como podem usar essas informações pessoais.
Isso inevitavelmente mudará a forma como o marketing é feito, mas também permitirá que as empresas formem novos tipos de relacionamento com os consumidores, baseados em confiança e transparência.
E você, como lida com a privacidade dos dados na sua empresa? Comente abaixo e compartilhe conosco!