Zero Trust é um conceito que vem se popularizando à medida em que a tecnologia e a crescente conectividade avançam. Afinal, elas trouxeram inúmeros benefícios e, ao mesmo tempo, abriram portas para ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas.
Agora, do que se trata, especificamente? Como implementar essa ideia de modo a torná-la parte da estratégia de segurança digital no seu negócio?
É o que vamos ajudar a esclarecer ao longo deste artigo. Continue lendo para entender:
- o que é Zero Trust;
- quais são os pilares deste modelo;
- onde residem as vantagens de implementá-lo;
- e muito mais!
O que é Zero Trust?
Zero Trust é um modelo de segurança que se baseia no princípio de que não se deve confiar automaticamente em nenhuma pessoa ou dispositivo — tanto internos quanto externos a uma rede.
Em vez disso, o Zero Trust traz uma postura cética, assumindo que qualquer elemento em uma rede pode ser comprometido ou representar um risco potencial. Portanto, todas as solicitações de acesso devem ser rigorosamente autenticadas, autorizadas e verificadas, independentemente da sua origem.
Ao contrário dos modelos tradicionais de segurança, que operam com a premissa de “confie mas verifique” e geralmente concedem amplo acesso a usuários internos ou dispositivos confiáveis, Zero Trust representa a mentalidade de “não confie, sempre verifique”.
Nessa visão, busca-se estabelecer controles de segurança granulares e restritivos em toda a rede. Segmentando-a em microperímetros e limitando o acesso apenas ao que é estritamente necessário para cada usuário ou dispositivo.
→ Leia também: Os maiores riscos de não priorizar a segurança cibernética em sua empresa.
4 princípios-chave de Zero Trust
O modelo Zero Trust é baseado em uma série de princípios fundamentais que ajudam a orientar a sua implementação. Aqui estão os principais:
- Verificação contínua de identidade. Em um ambiente de Zero Trust, a identidade de um usuário ou dispositivo é constantemente verificada, mesmo após a autenticação inicial. Essa verificação contínua permite detectar atividades suspeitas ou comportamentos anômalos que possam indicar uma possível violação de segurança.
- Acesso baseado no princípio do menor privilégio. Adota-se a abordagem de fornecer acesso apenas ao mínimo necessário para que os usuários ou dispositivos realizem suas funções autorizadas. Dessa forma, dados e recursos críticos ganham exposição limitada, prevenindo e, em caso de violação concretizada, reduzindo impactos.
- Microperímetros e segmentação. Essa abordagem incentiva a divisão da rede em segmentos menores e mais controlados. Isso dificulta a propagação de ataques caso um segmento seja comprometido, ajudando a conter e isolar as ameaças.
- Monitoramento contínuo e análise de comportamento. Zero Trust envolve a implementação de ferramentas de monitoramento e análise comportamental para identificar padrões e anomalias que possam indicar atividades maliciosas. Essa abordagem permite uma resposta mais rápida e eficaz a incidentes de segurança.
4 benefícios de uma estratégia Zero Trust
A implementação do modelo Zero Trust traz vantagens significativas para a segurança digital dos sistemas. Entre as mais relevantes, destacam-se:
- Maior proteção contra violações. A superfície de ataque é reduzida, minimizando a probabilidade de sucesso de ataques cibernéticos.
Ao estabelecer controles rígidos de autenticação e autorização, bem como segmentar a rede em microperímetros, é mais difícil para os invasores movimentarem-se livremente e obterem acesso a dados sensíveis.
- Detecção mais rápida de ameaças. A verificação contínua de identidade e o monitoramento constante de comportamento ajudam a identificar atividades suspeitas mais rapidamente.
Isso permite uma resposta proativa a possíveis ameaças antes que causem danos significativos.
- Redução de danos em caso de violação. Ao adotar o princípio do menor privilégio e limitar o acesso a dados e recursos críticos, os efeitos de uma violação de segurança são mitigados.
Mesmo que um usuário ou dispositivo seja comprometido, o acesso restrito reduz a quantidade de informações que podem ser acessadas pelos invasores.
- Maior conformidade regulatória. Com a crescente regulamentação em relação à segurança de dados e privacidade — a exemplo da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) —, Zero Trust ajuda as organizações a evitar desconformidade com os requisitos regulatórios.
Ao implementar controles de segurança rigorosos e demonstrar uma postura proativa na proteção de dados, as empresas podem evitar multas e sanções. Além disso, se mantém longe de escândalos que possam causar rasuras reputacionais.
→ Leia também: 5 exemplos reais de vulnerabilidades em cybersecurity.
Como Zero Trust impacta na segurança digital de sistemas?
Também é relevante saber que ao implementar os princípios de Zero Trust, as companhias fortalecem a segurança de seus sistemas de várias maneiras. Confira, a seguir, as mais destacadas.
1. Controle granular de acesso
O modelo Zero Trust prevê a concessão de acesso apenas ao que é necessário para que cada usuário ou dispositivo execute suas funções autorizadas. Dessa forma, o risco de acesso não autorizado a dados confidenciais e recursos críticos é minimizado.
2. Proteção de dados confidenciais
Ao segmentar a rede em microperímetros e restringir o acesso a dados sensíveis, dificulta-se o acesso e a exfiltração de informações confidenciais por invasores.
Isso é especialmente importante em setores onde a privacidade dos dados é essencial, como serviços financeiros e saúde.
3. Resposta rápida a incidentes
Com a verificação contínua de identidade e o monitoramento de comportamento, chega-se à detecção precoce de atividades suspeitas ou comportamentos anômalos.
Neste sentido, a estratégia Zero Trust possibilita resposta rápida a incidentes. Ao identificar uma atividade maliciosa, as equipes de segurança podem agir prontamente para conter a ameaça, mitigar os danos e proteger as informações corporativas.
4. Melhoria na postura de segurança
A implementação do modelo Zero Trust exige uma avaliação completa da infraestrutura de segurança existente, identificando e corrigindo possíveis vulnerabilidades.
Com isso, chega-se a uma postura de segurança mais robusta, com constante busca de melhorias e atualizações para manter a companhia à frente das ameaças emergentes.
→ Leia também: Por que preparar mais sua equipe para segurança de sistemas.
5. Adaptação a ambientes em constante mudança
Com a crescente adoção de nuvem, mobilidade e ambientes de trabalho remotos, o conceito de Zero Trust se torna ainda mais relevante.
Ele permite que os negócios estabeleçam controles de segurança consistentes e apliquem políticas de confiança zero independentemente da localização ou do dispositivo usado para acessar a rede.
Em resumo
Zero Trust é uma abordagem revolucionária para a segurança digital de sistemas. Ao adotar uma mentalidade de desconfiança constante, verificação rigorosa de identidade, acesso baseado no princípio do menor privilégio e segmentação da rede, as organizações podem fortalecer significativamente sua postura de segurança.
Os benefícios incluem maior proteção contra violações, detecção mais rápida de ameaças, redução de danos em caso de violação e conformidade regulatória aprimorada.
Além disso, o conceito de Zero Trust se adapta às demandas de ambientes em constante mudança, como a computação em nuvem e a mobilidade. Implementá-lo é um passo fundamental para garantir a segurança dos sistemas e proteger os dados corporativos sensíveis.
E então, você já conhecia Zero Trust nesta perspectiva que trouxemos aqui? Para receber conteúdos sobre cibersegurança como este, inscreva-se na nossa newsletter!